Quatro mortes chamaram a atenção da população de Montes Claros nessa segunda-feira. A primeira foi a de um policial militar que, de folga e curtindo a noite com amigos, resolveu agir em defesa do cidadão mesmo não tendo a obrigação naquele momento. Infelizmente, o soldado, natural de Pirapora e que estava apenas há um ano na corporação, perdeu a vida nas mãos de bandidos. Não será o último agente de segurança assassinado por meliantes.
A polícia se mobilizou e conseguiu cercar os suspeitos horas depois na região Norte da cidade. Após um tiroteio, os dois suspeitos foram baleados e também não resistiram.
A outra situação trágica é a morte de uma mulher espancada pelo companheiro, preso após um mês do crime. O detalhe é que a vítima procurou atendimento pelo menos por três vezes, mas sempre foi às unidades de saúde acompanhada do agressor. A polícia acredita que ela tenha sido pressionada a não relatar os reais motivos dos ferimentos.
A situação chegou ao absurdo da mulher ter assinado um termo pedindo para ser liberada pelo hospital mesmo com um quadro que inspirava cuidados. Certamente ela estava dominada pelo medo de ser novamente vítima dos atos criminosos do companheiro. Outra morte completamente absurda.
Não devemos nos acostumar com a violência. Não podemos achar normal que essas duas situações aconteçam ao nosso lado, na nossa cidade. Temos que lutar para que essas mortes não se tornem apenas uma estatística e cobrar das autoridades mais proteção e da Justiça punição aos responsáveis.