A violência contra a mulher assusta. E envergonha. Seja em Montes Claros ou em qualquer outro lugar do mundo.
Neste município norte-mineiro a Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher registra, diariamente, ao menos quatro casos de agressões. A estatística assusta, claro! Mas quando se tem a ressalva de que os números sequer são expressão da realidade, visto que muitas mulheres vítimas de agressão não registram queixam com medo de que o ruim piore, o choque é ainda maior. O alerta precisa ser intensificado. E o alerta serve para toda a sociedade.
Ontem, dois episódios chocaram a população. Um aconteceu em Montes Claros, onde uma mulher de 30 anos foi levada para o hospital depois de ser baleada na cabeça pelo ex-companheiro. Outro caso tomou palco em São Francisco. O agressor, depois de desferir uma facada no ombro da ex-mulher, se matou. Ela foi socorrida e está fora de perigo.
Imagine as marcas que este tipo de violência deixa para os filhos?
Políticas públicas, como a criação de delegacias especializadas para mulheres, e a Lei Maria da Penha, tentam reduzir o número de casos de violência. No entanto, essas conquistas, fruto do engajamento e da luta dos movimentos sociais, nem sempre conseguem frear a fúria agressora.
É preciso investir em educação para que se respeite não somente as mulheres, mas o ser humano. E essa lição precisa ser ensinada a todos ainda na tenra idade.
Essa não é somente uma luta das vítimas. Deve ser um compromisso e um objetivo a ser perseguido por toda a sociedade.