Em Montes Claros, pessoas com deficiência – quase sempre, cadeirantes – ou com mobilidade reduzida, dependentes de transporte especial para fazerem tratamentos de saúde, principalmente, se uniram e prepararam um documento que pretendem encaminhar à Empresa Municipal de Planejamento, Gestão e Educação em Trânsito e Transporte de Montes Claros (MCTrans), em busca do cumprimento da lei que disponibiliza o Transpecial.
A Lei Municipal n° 3.580, de 2006, de autoria do vereador Valcir Soares, garante a utilização do veículo pelos deficientes nas situações em que buscam atendimento de saúde, para irem ao trabalho, para estudarem e, também, para que tenham acesso a lazer.
A MCTrans tem cadastradas, atualmente, 900 pessoas que teriam direito a esse serviço especial de transporte. No entanto, a frota de nove veículos não tem sido suficiente para atender a todas elas.
O que esses usuários reclamam, já há alguns anos, é que a MCTrans exige que os horários de uso desse transporte especial sejam agendados com até dois dias de antecedência e, mesmo assim, eles não conseguem chegar com pontualidade aos seus compromissos.
Uma das constatações dos usuários é, ainda que pegue um deles no horário agendado, o transporte especial passa em vários outros endereços em seguida, atrasando a chegada desses cidadãos aos seus compromissos.
Na realidade, nenhuma explicação para deixar esse público desassistido em seus direitos pode ser aceitável. Todas essas pessoas são cidadãs pagadoras de impostos e merecem, no mínimo, o respeito da administração municipal.
Além de deixar essas pessoas desassistidas, há queixas também das condições dos veículos – nem todos são adaptados, dificultando ainda mais a utilização pelos passageiros. Como O NORTE já mostrou em outras edições, são situações recorrentes de descaso com o deficiente em Montes Claros.
Usuários de transporte especial em Montes Claros reclamam de falta de compromisso da MCTrans no respeito aos seus direitos