Chamar atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito. Esse é o objetivo do Movimento Maio Amarelo. Mais do que conscientizar motoristas, ciclistas e pedestres sobre o perigo que nos espreita em cada esquina, o Maio Amarelo também alerta para o fato de que o trânsito passou a ser um caso crônico de saúde pública, visto que os constantes acidentes levam à hospitalização, invalidez e morte de inúmeras pessoas por ano.
Dados apresentados pela Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que todo ano, somando os dados de vários países, cerca de 1,35 milhão de pessoas morrem em acidentes de trânsito. Só no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, 31.945 vidas foram perdidas em 2019. Os números apresentados, sem dúvida, indicam que os atores envolvidos não respeitam leis, são imprudentes e não atuam para proteger a vida.
O óbito, sem dúvida, é a face mais horrenda dessa estatística, mas, saber que esses números poderiam ser muito diferentes se todos agissem com um pouco mais de prudência, dói ainda mais. Mas o número dos que perdem a mobilidade de uma perna, de um braço ou mesmo se tornam tetraplégicos faz o trânsito ser comparado a uma guerra.
Todos esses dados, todas estas situações, nos levam a crer que as ações para que um trânsito mais seguro seja realidade precisam ser mais efetivas. Propagandas na TV ou campanhas anuais não têm sido suficientes para mudar essa cenário. Para que os números se transformem em estatísticas positivas, além de promover campanhas ao longo de todo o ano, é preciso educar crianças e jovens, potenciais motoristas, possíveis ciclistas e 100% pedestres.
Mas se a conscientização do cidadão é fundamental para mudar essa história, o investimento em estrutura nas cidades e a melhoria das rodovias é outro fator que influencia tanto quanto. Por isso, é necessário que se pense as cidades de forma mais planejada ou que se pense o crescimento das cidades de forma o mais ordenado possível.
Necessário mesmo, é buscar soluções que de fato promovam o engajamento e a conscientização do cidadão, para que o ir e vir deixe de ser sinônimo de tragédia.