A interferência do homem na natureza vem trazendo consequências graves, que estão piorando ano a ano. A temperatura no mundo é, literalmente, um termômetro que mostra o quanto a humanidade é nociva a si mesma. Com temperaturas na casa dos 50 graus, países da Europa, acostumados a um clima mais ameno, estão sofrendo na pele as consequências dessa interferência. Mesmo o Brasil, acostumado com temperaturas nem sempre amenas, tem sido atingido pelo efeito das oscilações dos termômetros.
As altas temperaturas, aliadas à baixa umidade em decorrência do sumiço da chuva, trazem com elas os incêndios. Em alguns países, inclusive, esses efeitos têm causado inúmeras mortes e levado as nações a anunciarem que estão em estado de calamidade pública.
Mas o fato é que nenhum decreto e nenhum anúncio de calamidade vão trazer as mudanças necessárias e que farão o clima e as temperaturas retornarem ao seu curso normal.
No Brasil, o Ministério da Agricultura, através do Programa Águas Agro, a ser lançado ainda neste semestre, quer promover o desenvolvimento sustentável, a preservação da biodiversidade e os recursos hídricos.
Já os cientistas, como forma de chamar atenção para a questão, apresentaram a coleção “Cicatrizes do fogo no território brasileiro”, que traz dados de mais de 30 anos de incêndios no país.
Com a coletânea, eles querem reforçar o alerta sobre o aumento da intensidade dos incêndios, que além de arrasarem a terra, provocando o aumento da erosão, destruírem biomas, aumentam a emissão de gases poluentes, causando ainda mais impacto no clima.
Então, é torcer para que programas como o do Ministério da Agricultura possam de fato ser implantados e tragam efetivas mudanças, não apenas para o clima, mas também nas pessoas.
Que o alerta dos cientistas ecoe na mente do cidadão, fazendo-o consciente do seu papel e da necessidade de cuidar da natureza e, assim, preservar a espécie humana.
Enquanto essa consciência não se efetivar, as desastrosas consequências das ações humanas continuarão provocando o caos na Terra, colocando, em definitivo, a humanidade na lista de animais em risco de extinção.