Setembro Dourado. Receber o diagnóstico de câncer, na verdade, está longe de ser dourado. Quando se trata de crianças e jovens, a notícia atinge a família como um todo. Dourado nesse caso é o esforço de profissionais da saúde e organizações não governamentais para levar informações e conscientização sobre a questão à população.
Dessa forma, talvez o diagnóstico precoce de câncer infantojuvenil possa se tornar uma regra e deixe de ser exceção como vem acontecendo atualmente.
O câncer, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes até 19 anos no Brasil. Por isso, mudar essa realidade é tão urgente.
Palestras, ações em parques, escolas, empresas e shoppings, distribuição de material informativo e do laço dourado, símbolo da campanha. Tudo é válido para que as crianças e jovens brasileiros diagnosticados com câncer tenham tanta chance de recuperação quanto as crianças e jovens de países desenvolvidos.
Dados mostram que nos países desenvolvidos 80% desse público consegue levar uma vida normal após a realização do tratamento, enquanto em países subdesenvolvidos esse índice fica em 40%.
O mais comum dos países menos desenvolvidos, além do diagnóstico tardio pela falta de um sistema de saúde de fato democrático, é que a maioria dos que recebem o diagnóstico geralmente demora a ter acesso ao tratamento, impedindo a cura ou uma sobrevida com qualidade.
Por todos esses números, é preciso mais do que empatia com nossas crianças e jovens, que tão cedo enfrentam uma dura realidade e precisam, literalmente, lutar pela vida. É preciso entrar nessa corrente e disseminar essas informações, para que não apenas os pais consigam identificar a doença o mais rápido, mas que todos do entorno dessas crianças, como professores, possam fazer a identificação.
Informação, aliada a uma corrente de amparo, de cuidado e a um sistema de saúde eficiente e para todos, essas são as armas para mudarmos os números e garantir vida longa às nossas crianças e jovens. Sejamos então, um elo dessa corrente. Todos nós.