Árvores são bem-vindas em qualquer cidade do mundo, onde a especulação imobiliária e a explosão demográfica fazem o concreto reinar. Espécies vegetais refrescam, reduzem a poluição ambiental, barram a força dos ventos, ajudam a manter a umidade do ar, rendem frutos e flores que embelezam as cidades, tornando-as mais humanizadas e melhores para viver.
Em Montes Claros, cidade de clima quente no sertão mineiro, faltam árvores e sobra concreto, como alerta ambientalista em matéria publicada nesta edição de O NORTE, que lembra o Dia da Árvore, nesta sexta-feira, 22, e a chegada da primavera, neste sábado. A paisagem torna-se mais árida quando se caminha para os bairros mais pobres da cidade, sem planejamento e projetos paisagísticos, contribuindo para a pior qualidade de vida da população de baixa renda. Ações do poder público municipal para criação de um planejamento de arborização da cidade, que inclua educação dos moradores, estímulo ao plantio de árvores e fiscalização são urgentes para uma Montes Claros mais verde.
Mas, enquanto a cidade não desenvolve políticas públicas para tornar o cenário urbano mais humano, a Escola Estadual Dom João Pimenta, em ação isolada, dá um exemplo. Lá, crianças recebem lições para preservação do meio ambiente e plantaram um jardim com espécies ornamentais e medicinais.
Uma sementinha do bem para consciência ambiental está sendo plantada entre as crianças na escola, que pode servir de exemplo para que outras façam o mesmo. A cidade e o planeta, na certa, agradecem.