O clima de tranquilidade e aconchego característico de cidades do interior de Minas está cada vez mais raro ultimamente. A ação de grupos de assaltantes com o objetivo de roubar dinheiro de caixas eletrônicos de bancos está crescendo em municípios de pequeno porte.
As cidades do Norte de Minas vem sofrendo com essas quadrilhas de maneira mais acentuada do que em outras regiões do Estado. Somente nos últimos dias foram dois casos, em Ibiaí e, mais recentemente, em Gão Mogol.
A soma do entroncamento de rodovias federais importantes, com a imensa quantidade de estradas vicinais e o natural baixo efetivo policial, devido aos baixíssimos índices de criminalidade, contribuem para atrair a ação desses bandidos, que usam armamento pesado para amedrontar os moradores.
Além do trauma pelo qual parte da população passa em uma ação como essa, o tipo de roubo com explosivos tem consequências para o cotidiano de centenas de pessoas. Na grande maioria dos casos, as agências ficam completamente destruídas pelos artefatos e ficam inutilizadas por um longo período de tempo. Muitas vezes, trata-se do único posto bancário do município, afetando desde a administração pública, produtores rurais até o comércio local.
Não é razoável pensar em colocar mais policiais em cada um dos 853 municípios de Minas. Não há gente nem recurso para isso. O que o Estado precisa fazer é reforçar o trabalho de investigação, em parceria com outros órgãos, para que essas quadrilhas sejam apanhadas antes de praticar os crimes e colocar a vida de tantos cidadãos inocentes em risco.