A legislação brasileira prevê que a alimentação é direito fundamental, devendo, portanto, o poder público criar políticas e ações que garantam refeições mais acessíveis na mesa da população menos favorecida. Presentes nas cidades de médio e grande portes, onde são mantidos pelas prefeituras, os restaurantes populares representam grande avanço para o combate à fome e a promoção da saúde alimentar no Brasil. A carência de comida provoca doenças entre a população, gerando mais custos para a saúde pública.
Nos Restaurantes Populares de Belo Horizonte, por exemplo, um almoço com arroz, feijão, carne e verduras custa R$ 3. Se quiser tomar o café da manhã, a pessoa paga R$ 0,75. O jantar custa R$ 1,50.
Em Montes Claros, o direito de as pessoas carentes poderem se alimentar a preços populares tem sido negado, com o abandono do Restaurante Popular pelo município.
Desde outubro de 2016, o espaço onde eram servidas 1,2 mil refeições por dia está em total abandono. Vidros quebrados, equipamentos roubados. No entorno, moradores de rua, que poderiam ter ali talvez a única refeição do dia assegurada.
Uma saída deveria ser encontrada urgentemente, pelo bem da comunidade. No Brasil, com 13 milhões de desempregados, a falta de acesso a um prato de comida que caiba no orçamento é realidade dura também para muita gente que está na ativa, porém, com remuneração curta.