Montes Claros é uma das poucas cidades mineiras que pode ter a disputa eleitoral levada a dois turnos de votação. Ruim? Pelo contrário! Muito bom para quem sabe a importância de ir às urnas exercer o direito democrático de escolher quem vai governar a cidade nos próximos quatro anos. Muito bom para que todos tenham tempo de conhecer melhor o que tem a dizer cada candidato e refletir sobre as propostas de governo.
Engana-se quem pensa que política é perda de tempo, que todo candidato é igual, que não é necessário conhecer as propostas dos candidatos ou que o próprio voto não faz diferença, não é capaz de mudar o rumo das coisas. Cada voto vale! E voto consciente vale mais ainda, pois leva em conta a coletividade e uma escolha que tem impacto a longo prazo.
Como já foi dito aqui, nem tudo é política, mas a política está em tudo. E mais ou menos como acontece com a religião, política serve para mudar ou para deixar tudo do jeito que está; serve para oprimir ou para libertar da opressão; serve para ampliar participação ou para excluir uma parcela social das discussões ou, pior, das definições que afetam o rumo da vida.
Ir às urnas é um direito duramente conquistado e trata-se de uma oportunidade para repensarmos a cidade que queremos (o que pode e deve ser feito de maneira constante e mais ainda durante as eleições). Também permite ao cidadão repensar e cobrar as políticas públicas que deseja ver adotadas, as prioridades a serem consideradas nos próximos quatro anos, que tipo de sociedade podemos e devemos ser, entre outras coisas.
Que venham novas ideias, novas lutas, novas bandeiras. Que venha a oportunidade de melhorar o acesso à saúde e à educação, entre outras pautas importantes.
Ir às urnas é oportunidade legítima para mudar a atual realidade das coisas. Para oxigenar a gestão, para que haja renovação. Mudar faz bem! E mudar é preciso em vários momentos da vida, como a eleição. Não desperdice!