Com arrecadação municipal enxuta, devido ao baixo desenvolvimento econômico, grande parte dos municípios do Norte sofre com a falta de recursos financeiros para investir em programas de geração de renda, saúde e educação que possam melhorar a vida dos habitantes. A realidade é dura para a população de grande parte das cidades do Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha, que, ao contrário do “Sul Maravilha”, carecem de comércio, indústria e serviços para geração de empregos, levando grande parte dos moradores a viver abaixo da linha da pobreza.
O resultado desta “vida severina” se revela nos índices de Desenvolvimento Humano e deMortalidade Infantil – os chamados indicadores sociais que retratam a situação dos moradores.
É grande, portanto, o número de doenças provocadas pela desnutrição e o índice de crianças que morrem em função da baixa qualidade de vida. O grau de escolaridade também deixa a desejar. A fim de abastecer os cofres municipais, prefeitos batem à porta com frequência nos gabinetes estaduais e federais em busca de uma saída. A ajuda pode vir também de órgãos internacionais, com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que nesta semana capacita gestores para desenvolver projetos que possam facilitar o acesso aos programas federais para a educação das crianças e adolescentes, além de melhorar os índices de Desenvolvimento Humano e de Mortalidade Infantil. Dezesseis municípios já contam com o Selo Unicef, credencial que dá acesso a programas de melhoria, mas faltam mais. Na certa, uma importante ajuda para o desenvolvimento das crianças, as grandes responsáveis pelo futuro da região.