Na esteira de notícias ruins, tanto na saúde quanto na economia, o agronegócio se transformou em uma espécie de oásis. A onda de boas notícias que chegam do campo tem sido decisiva para amenizar a crise econômica instalada, ajudando a trazer equilíbrio.
O setor, embora não tenha ficado incólume às instabilidades provocadas pela pandemia, segue firme, no sentido de ser mola propulsora, puxando a economia de volta aos trilhos. Mesmo com as feiras, com as exposições agropecuárias acontecendo virtualmente, o agronegócio permanece na missão de manter o Brasil entre os maiores provedores de alimentos do mundo.
Mesmo sem conseguir manter preços, o que acaba contribuindo para a elevação da inflação, o setor garante que a balança comercial se mantenha favorável ao país. É o que indicam os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que anunciou que a previsão para a safra de grãos no Brasil deverá chegar a 273,8 milhões de toneladas, um crescimento de 6,5% sobre o ciclo anterior, o que significa 16,8 milhões de toneladas a mais. O novo marco deverá ser puxado, principalmente, pela soja, milho, amendoim, trigo e feijão.
A agricultura familiar, embora pareça menor, também tem ajudado a garantir uma economia um pouco mais aquecida nos municípios. O setor que se reinventou, tem conseguido mostrar sua força em criatividade e capacidade para não se afogar na crise. Ao aderir às novas tecnologias, ao delivery, segue levando o alimento para a cidade e levando vida para o campo.
Nos resta agora, desejar que os demais setores consigam, como o agronegócio, se reinventar. Que mais do que ajudar na economia, esses setores possam superar as “pedras no caminho” e seguir permitindo a sobrevivência de inúmeras famílias que deles dependem.
São setores importantes, que permanecem lutando, não apenas contra um vírus desconhecido ou contra os abalos econômicos provocados por este, mas, principalmente, contra decretos descabidos, de quem, embora tenha o poder da caneta, não dispõe de nenhuma sensibilidade ou competência para manter vidas sem matar a economia ou manter a economia, preservando vidas.