O que outras administrações públicas fizeram pela população miserável que habita as ruas de Montes Claros e o que faz a atual? Não é preciso esforço para responder. Basta um giro pelo centro para se ter a réplica: a atual não fez nada, ou algo que de fato mereça lembrança. E o que fizeram as outras?
Bem, a mais recente, de Ruy Muniz (2013-2016), pode servir de objeto para breve comparação. O seu governo priorizou o atendimento aos moradores de ruas através de projetos sociais levados a cabo por agentes públicos que deixavam suas salas na prefeitura para o contato pessoal com eles. Agindo na tentativa de pelo menos amenizar seus sofrimentos. A secretaria de Assistência Social, então, fazia por merecer a denominação e recebia da gestão as condições para atuar, encaminhando para a Casa de Passagem ou para o Centro Popular de Referência de Convívio (Centro Pop) aqueles que não recusavam o auxílio. Lá, recebiam atendimento médico, psicológico, alimentação e faziam a higiene pessoal (leia na página 04).
Hoje, não se ouve falar de Casa de Passagem ou Centro Pop. É como se não existissem. Enquanto isso, o quadro que guarda os moradores de ruas a cada dia ganha contornos mais graves. Já são mais de 400 deles.
Recentemente agentes da secretaria de Estado de Direitos Humanos estiveram aqui para tratar da questão, após receberem denúncias da condições em que vivem os moradores de rua, sendo até vítimas de agressões. Infelizmente nem a visita dos agentes parece ter convencido a atual administração a melhorar a situação dessa gente.
Sem exagero? Tudo indica que piorou. Basta dar um giro pelo centro da cidade.