Risco iminente

21/08/2018 às 07:02.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:01

Uma ação do poder municipal é urgente para conter os casos de leishmaniose em Montes Claros, que corre risco de ter uma epidemia da doença. Três pessoas morreram neste ano vítimas da leishmaniose visceral. São 71 casos registrados desta forma da enfermidade, também chamada de calazar, que afeta órgãos internos das vítimas como o fígado e o baço. Outros 21 moradores foram infectados pala forma tegumentar – ou cutânea – caracterizada pela presença de feridas no corpo. Os dois tipos da enfermidade são transmitidos pela fêmea do mosquito vetor que, depois de picar o cão infectado, pica o homem, contaminando-o com o protozoário Leishmania chagasi. 

O prenúncio de uma epidemia pode ser medido pelos dados da Zoonose. Dos 9 mil cães examinados pelo serviço de saúde, 1.347 (cerca de 15%) estariam com a doença em MOC. A matança dos animais contaminados, ao contrário do que pensa grande parte das pessoas, além de ferir a legislação em defesa dos animais, não é a solução para o problema, uma que vez que não é ele quem transmite a doença e sim os insetos. Esses podem ser controlados com medidas como a limpeza de quintais e lotes vagos, eliminando todo o tipo de lixo e matéria orgânica que possam colaborar para a proliferação. 

A situação exige por parte do poder municipal uma campanha maciça junto à população para conscientizá-la sobre a importância de colaborar para evitar a proliferação do inseto vetor. Assim como no caso da dengue, a população deve fazer sua parte para a prevenção, mantendo sempre hábitos de limpeza e higiene que evitem criatórios de mosquitos.

A população deve fazer a sua parte para a prevenção, mantendo sempre hábitos de limpeza que evitem a proliferação de mosquitos
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