A pressão pela abertura do comércio após meses fechado em função da pandemia pelo novo coronavírus foi muito grande em todo o Estado. Comerciantes não cansavam de pedir que as prefeituras flexibilizassem o funcionamento, que iriam seguir todas as regras sanitárias contra a Covid-19. Muitos não aguentaram e fecharam as portas. Outros se reinventaram para sobreviver durante o período de fechamento.
Entrar nas lojas ou em qualquer estabelecimento, só com uso de máscaras e de álcool em gel. Nas ruas a regra é usar a máscara, orientação que virou lei em várias cidades, inclusive em Montes Claros. Mas o que muitos temiam está acontecendo. Depois de meses com comércio aberto, a população está baixando a guarda.
Bares têm ficado cheios, sem o devido respeito ao distanciamento. Sem contar que é preciso tirar a máscara para beber e comer nesses locais. Pelas ruas, é fácil flagrar pessoas sem a máscara, proteção fundamental para elas e para o próximo. Há famílias que não abrem mão das reuniões, regadas a bebidas, comidas e muitos abraços.
Sem contar que muitos pegaram a estrada nos últimos feriados para dar aquela “espairecida” básica e aliviar o estresse. O resultado de tudo isso? A taxa de transmissão voltou a subir em Montes Claros, em Belo Horizonte e em várias outras cidades do país.
Mas, e agora? Como vai ficar? Estão todos prontos para viver um lockdown novamente? Porque essa será a consequência mais óbvia se os números da doença continuarem a subir. Em Montes Claros não há folga na ocupação de leitos dos hospitais, tanto clínicos quanto de UTI, que possa levar os moradores a acharem que já podem viver como antes da pandemia.
Ainda estamos em meio a uma pandemia, com uma segunda onda avassaladora na Europa e que pode chegar aqui se todos não fizerem a sua parte. Além de vermos o comércio fechar as portas novamente, podemos vivenciar, de forma muito mais dolorosa, a perda de entes queridos. Bora refletir e mudar as atitudes?