O povo que vive nas zonas rurais das cidades do Norte de Minas vem sendo um exemplo de luta e perseverança para todo o país. Mesmo com um dos períodos mais longos e intensos de seca, o agricultor consegue tirar algo da terra ainda o seu sustento e de sua família.
A situação para os produtores de Montes Claros e região também não foi fácil em 2017. Ainda com efeitos da crise econômica, que provocou uma redução significativa do consumo das famílias, vivemos um ano em que a escassez hídrica se agravou.
E os agricultores familiares, aqueles que dependem quase que exclusivamente do que a terra dá, são os mais atingidos.
Mostramos hoje que o setor fechou o ano passado com queda de 30%. E a retração não foi uma consequência da redução do consumo ou de queda dos preços de alguns produtos em níveis que inviabilizam a produção. A redução foi causada por falta de água para irrigação.
Ou seja, há terra disponível, sementes, gente pra trabalhar e quem quer comprar os produtos, mas não tem como aumentar a produção, algo inimaginável há décadas para áreas próximas a uma das maiores cidades de Minas.
É louvável o esforço de associações de moradores para ajudar esses produtores, com a realização de feiras livres. Qualquer ajuda é bem-vinda para o homem do campo.
Mais uma vez, não conseguimos saber da Prefeitura de Montes Claros o que está sendo feito para minimizar os prejuízos e auxiliar os cidadãos em dificuldades. Talvez porque não haja mesmo o que mostrar.