Pela vida

01/09/2018 às 07:00.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:13

Devido ao sofrimento de quem decide tirar a própria vida e a dor dos familiares que ficam, as discussões sobre o suicídio ainda são vistas com tabu na sociedade. Na imprensa, por exemplo, perdurou por muitos anos – e ainda persiste entre alguns jornalistas – a crença de que a divulgação de casos de autoextermínio estimula outras pessoas a cometerem o mesmo. No entanto, esse conceito vem mudando, uma vez que o suicídio passou a ser encarado como problema de saúde pública, que deve ser abordado sim, mas não de forma sensacionalista, expondo a dor e o drama de quem vai, e sim com um viés humano que colabore para orientar sobre as possíveis causas, evitando novos casos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) promove neste mês o movimento Setembro Amarelo, de alerta para a valorização da vida e a prevenção do suicídio. Médicos e profissionais da área de saúde mental apontam a depressão e outros transtornos psiquiátricos como um dos fatores que impedem a pessoa de enfrentar os problemas e decidir pelo fim da vida.

O trabalho de prevenção envolve, portanto, um olhar mais humano e atento ao comportamento do outro, seja na família ou no círculo de amizades. São várias palestras e discussões previstas neste mês em todo o Estado para romper o silêncio e ajudar as pessoas a identificar sinais que podem levar ao suicídio. Entidades de voluntários, como o Centro de Valorização da Vida (CVV), por exemplo, oferecem apoio emocional e prevenção do suicídio. Portanto, não vale se calar diante de um problema que pode ser evitado com apoio médico, psicológico e, sobretudo, o afeto de quem vive ao lado.

O trabalho de prevenção envolve, portanto, um olhar mais humano e atento ao comportamento do outro
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