Pandemia na educação

26/02/2021 às 00:15.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:16

Mesmo com a chegada da vacina nos quatro cantos do mundo – em alguns de forma mais contundente e, em outros, de forma mais tímida – os dias apavorantes não se foram. Se a vacina trouxe a esperança de dias melhores, a nova “onda” de contaminação mostrou que o caminho pode ser mais longo e árduo do que imaginávamos.

Diante disso, torna-se claro que, como o vírus, muitos desafios lançados durante a pandemia não se evaporarão com a vacina, afinal, a pandemia lançou na cara dos brasileiros a realidade de uma saúde falida, de uma educação capenga e de uma economia pouco sólida. Essa realidade não se irá sozinha, é preciso vontade política para transformar esse cenário.

O começo do começo para essa transformação parece ser a educação, onde os desafios são grandes, já que vimos, dia a dia, a desigualdade no ensino brasileiro ir se aprofundando durante a pandemia. Nesta área, a discussão gira em torno da valorização dos profissionais da educação, mas, muito além disso, o primeiro e principal desafio continua sendo o retorno às aulas. Modelos são propostos, como a implantação de aulas híbridas, com ensino presencial e virtual. Muitos municípios tentaram fazer a educação voltar ao seu curso normal, mas o vírus foi mais forte e fez-se necessário retroagir. 

Outro modelo no radar de muitos pais é o homeschooling, defendido como uma solução para o novo normal e, também, como uma forma de valorizar os profissionais da educação. Isto porque, segundo especialistas, a modalidade não significa pais ministrarem aulas para seus filhos, mas a contratação de professores para a missão. Outros acreditam que o modelo aumenta o abismo educacional, já que famílias com mais recursos financeiros poderão contratar profissionais altamente qualificados, enquanto a maioria das famílias terá que se ater ao sistema oferecido pelo Estado, que quase nunca investe nestes profissionais.

Voltamos, então, ao desafio principal: valorizar e investir nos profissionais da educação, dando a eles condições, senão ideais de trabalho, o mais próximo disso, para que possam não apenas ir em busca da constante e necessária qualificação, como também se dedicarem, plenamente, ao ofício de ensinar.

Certo mesmo, é que o vírus continua solto por aí, determinando cada vez mais um novo normal que não apenas distancia pessoas, mas corrói o sistema educacional.

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