Mesmo com a campanha de vacinação, que neste ano foi prorrogada duas vezes a fim de garantir maior proteção à população, a gripe não poupa vítimas neste inverno. Em Montes Claros, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou ontem quatro mortes de moradores infectados pelo vírus H1N1, causador da doença. Em Minas Gerais, até a segunda quinzena de julho deste ano, foram confirmados 57 óbitos pela enfermidade. No mesmo período de 2017, o Estado registrou 30 mortes.
O grande número revela a pouca atenção dada pela população ao ato de se proteger contra a doença. Em Montes Claros, assim como em outros municípios brasileiros, a cobertura vacinal deixa a desejar, não atingindo a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde.
Sobraram nos postos de saúde de Montes Claros 1.270 doses, mesmo ampliando a vacinação para outros públicos. Embora a adesão de idosos à prevenção tenha atendido às expectativas dos órgãos de saúde, o número de crianças vacinadas não alcançou a meta, assim como o dos professores, que poderiam, como formadores de opinião, dar um bom exemplo de prevenção à população.
Quem ainda não se vacinou e encontra-se dentro dos grupos prioritários do Ministério da Saúde, não deve se arriscar a ficar desprotegido. Vacinar-se representa não somente um cuidado individual, mas coletivo, um gesto de respeito ao outro. Existem muitos mitos e informações falsas de que a vacina pode, em vez de prevenir, causar a gripe, ou mesmo gerar reações. Tudo isso é desmentido pelos profissionais de saúde. Diante do grande número de mortes, não vale acreditar em falsas notícias ou deixar de se prevenir por comodismo. O vírus mata e a única prevenção é a vacina.