Por séculos, as mulheres foram excluídas do espaço político e impedidas de votar ou de se candidatar a algum cargo político. Elas, que hoje representam 15% das cadeiras na Câmara dos Deputados, pleiteiam uma recuperação desse tempo “roubado” em forma de melhores condições para se fazerem presentes no cenário da política brasileira.
Embora nesta legislatura o número de mulheres seja o maior percentual até então, o número continua baixo. Por isso, em véspera de ano eleitoral é preciso que se promova o debate como forma de dar às mulheres as mesmas oportunidades que são dadas aos homens para que possam participar do processo político.
Mais do que isso, é preciso que a sociedade, que partidos incentivem a participação efetiva das mulheres como candidatas, pois só assim teremos um número maior de representantes, não apenas na Câmara dos Deputados, mas nas assembleias, câmaras municipais e ainda secretarias estaduais e ministérios.
Mais do que financiamento ou cotas, como estava em debate em mais uma Reforma Política, é necessário que se afirme a importância das mulheres na cena política como forma de se construir uma democracia plural e forte, já que haverá melhor representatividade da diversidade brasileira, garantindo assim, maior diversidade de opiniões, o que poderá significar a aprovação de leis mais próximas da realidade e da demanda social.
O debate precisa ser feito para que as mulheres tenham não apenas mais espaço na política, mas para que a sociedade possa se ver efetivamente representada no parlamento, em um país em que a população é composta majoritariamente por mulheres.
Mais do que isso, que o processo de escolha dos representantes do povo, em todas as esferas, se torne mais eficiente, mais transparente e, sobretudo, mais democrático, para que o povo possa decidir com clareza quem de fato os representará e quem de fato poderá trazer melhores contribuições para que o Brasil seja o país que seu povo merece ter, um Brasil com a cara dos brasileiros.