A restrição do funcionamento do Shopping Popular de Montes Claros causou revolta nos comerciantes. O sentimento é justificável, já que muitos investiram dinheiro em estoques de mercadorias e, agora, de uma hora para outra, são informados de que vão perder quatro horas de vendas por dia justamente no período em que o faturamento é maior.
Segurança deve ser prioridade, sempre. Ainda mais quando falamos de um local por onde milhares de pessoas circulam diariamente. E não há como não temer por ela ao ver os flagrantes feitos pela reportagem sobre as condições do sistema elétrico do prédio. Essa situação já foi relatada por nós na edição de 19 de outubro.
Mas como tudo que parece envolver o Executivo municipal, causa estranheza a forma como a decisão foi tomada. Sem aviso, por meio de um decreto no Diário Oficial, é, no mínimo, uma falta de consideração aos pais e mães de famílias que dependem do faturamento desta época do ano para manter a casa por um ou dois meses. São tempos de frieza e insensibilidade.
A nossa reportagem apurou ainda que o Corpo de Bombeiros, citado na determinação publicada, não realizou vistoria recente no Shopping Popular. Ou seja, a medida foi tomada com base em uma verificação antiga. Não se sabe se os possíveis problemas foram resolvidos ou não. E como garantir que ninguém vai ligar aparelhos de ar condicionado no local mesmo durante o dia? Não há como saber.
O que dá é para torcer para que haja um entendimento rápido entre os comerciantes, Prevmoc e o MP para que se garanta segurança física e financeira de todos os envolvidos.