Entre as missões dos órgãos municipais de trânsito, está assegurar a mobilidade urbana por meio de medidas que ordenem o tráfego de veículos e pedestres, garantindo qualidade de vida e desenvolvimento sustentável nas cidades. Em Montes Claros, tendo em vista as denúncias apresentadas pelos moradores nos últimos meses, a MCTrans, responsável pela gestão do trânsito no município, está longe de cumprir o papel que lhe é devido.
Moradores reclamam de mudanças implementadas pelo órgão na cidade que, em vez de melhoria para o ir e vir de pedestres e veículos, tem causado insegurança e transtornos, como a retirada de sinalização em frente a escola e a proibição de estacionar em ruas históricas, que impede quem mora próximo dos monumentos de ter os veículos parados perto de casa –grande parte delas antigas e sem garagem. Todas as mudanças teriam sido implantadas sem sequer ouvir os moradores, desrespeitando o direito de participação popular.
Duas outras irregularidades são atribuídas diretamente ao presidente do órgão, José Wílson Guimarães, que teria usado a mão de obra de um servidor para trabalhos na casa dele. Outra é a suspeita de fraude na emissão de multas, que resultou no pedido de instauração de CLI na Câmara de Montes Claros, reivindicando o afastamento de Guimarães da chefia do órgão.
A empresa é acusada ainda de aumentar as áreas de rotativo que, segundo os moradores, teriam como intuito aumentar a arrecadação. Já passa da hora de a Câmara investigar o caso. A população, que paga os impostos, merece uma resposta sobre as irregularidades.