Depois do frio com episódios de neve, o calor e a seca, em função da falta da umidade do ar, trouxeram a temporada de incêndios. Em alguns biomas brasileiros os focos neste 2021 já são maiores do que em 2020. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), na Mata Atlântica já foram contabilizados 10.268 focos, enquanto no Cerrado a marca é de 27.001 focos e, na Caatinga, o número chega a 3.298 focos, 100% a mais do que em 2020.
Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul são estados que sofrem com o fogo, que além de devastar importantes áreas verdes, lança grande quantidade de fumaça no ar, dificultando a respiração e provocando problemas respiratórios.
Sem dúvidas, o aumento gradativo, mas constante, da temperatura, consequência do aquecimento global e suas consequências, aliado às ações humanas, traz os incêndios. Por isso, o aquecimento global será principal tema da Conferência do Clima (COP26) que acontece na Escócia, em novembro.
O Brasil estará presente e já se prepara através da realização de encontros, com variados segmentos da sociedade civil, realizados pelo Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam).
O objetivo é discutir políticas públicas preventivas e ações que sejam capazes de, efetivamente, impedir o agravamento do aquecimento global. Isso porque, documento do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), deste mês, aponta como urgência a redução das emissões de Gases Efeito Estufa (GEE) para evitar que a previsão de aumento de 1,5 grau Celsius a partir de 2030 se concretize.
Atualmente, o aumento de temperatura registrado é de 1,1 grau em média. Se a temperatura seguir aumentando, cientistas e especialistas são unânimes em antever uma catástrofe, da qual a humanidade não sairá ilesa.
Então, é torcer para que os encontros sejam produtivos, promovam a consciência necessária no público participante e que este possa ser catalisador para a consciência coletiva e ampla tão necessária par garantir vida longa à Mãe Terra.
Que os encontros apontem caminhos e políticas públicas eficazes para que a emissão dos gases seja diminuída. Mais do que isso, que os acordos firmados nestes encontros e na COP26 sejam de fato colocados em prática, permitindo que a humanidade continue habitando a Terra.