Logo no interior

29/03/2018 às 00:50.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:04

O tráfico de drogas, antes concentrado nos grandes centros urbanos, hoje é um problema de difícil combate também nos municípios do interior. E assim como acontece nas metrópoles, a ciranda do crime organizado não envolve atores somente homens, mas também mulheres, crianças e adolescentes, que sobrevivem da atividade ilegal. A realidade pôde ser comprovada na então pacata Divisa Alegre, município de quase 6 mil habitantes, no Norte de Minas, onde duas irmãs, de 35 e 38 anos, foram detidas durante mandado de busca e apreensão por suspeita de vender drogas na cidade. Conhecidas como as “Rainhas do Tráfico”, são suspeitas também de aliciar adolescentes, que ganhariam porcentagens na venda dos entorpecentes.

A casa da dupla, localizada no centro da cidade, serviria como referência e ponto de apoio para o tráfico. Na residência, havia um pé de maconha e com as “Rainhas do Tráfico” os policiais apreenderam mais de R$ 10 mil em dinheiro, escondidos em pares de meias e sapatos –além de maconha e porções de cocaína.

A capilarização do comércio de drogas para o interior, causado pela migração dos traficantes para as áreas rurais, é um dos grandes desafios dos setor de segurança pública. Ações como a da polícia de Divisa Alegre devem ser reforçadas para evitar que este problema se alastre ainda mais para grotões mineiros e se torne de difícil solução, como nos grandes centros urbanos.

A criação de uma força-tarefa de ação é urgente envolvendo as polícias Militar e Civil e a Justiça para cortar o mal pela raiz. Caso contrário, a paz no interior jamais será retomada.

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