Lixo perigoso

13/07/2018 às 07:41.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:23

O grande número de pessoas picadas por escorpiões em Montes Claros acende o alerta para a necessidade de maiores investimentos do poder público municipal no serviço de limpeza urbana. Dados do Hospital Universitário Clemente Faria, referência no atendimento de pessoas picadas pelo animal, apontam para oito pacientes por dia vítimas do aracnídeo, que se reproduz em lugares escuros e se alimenta principalmente de baratas que se proliferam no lixo. Portanto, quanto maior a quantidade de resíduos acumulados, maior a invasão do ambiente natural desses animais, que se deslocam para perto do homem, tornando-se um risco para a saúde. A situação é tão grave que na semana passada uma menina de dois anos morreu na cidade, após a picada de um escorpião.

Nos últimos dois anos, a prefeitura de Montes Claros reduziu o serviço de coleta de lixo e com isso vários “lixões” se espalharam. E da mesma forma que cresceu a sujeira pelas ruas aumentou o número de vítimas do veneno de escorpiões. De janeiro a junho deste ano, 1.363 pessoas foram picadas, de acordo com dados do Hospital Universitário. O quadro alarmante mostra que o cuidado com a saúde depende de um serviço de limpeza urbana, que, inclusive, é pago em imposto pelos montes-clarenses. 

Além da proliferação de escorpiões, lixo exposto pode colocar a população à mercê de doenças como a cólera e o tétano. Em pleno século XXI, a população não pode mais sofrer com essas enfermidades nem os cofres de saúde pública arcarem com tamanho prejuízo causado pela negligência em relação à limpeza urbana.

De janeiro a junho deste ano, 1.363 pessoas foram picadas, de acordo com dados do Hospital Universitário Clemente Faria
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