Jogo político

03/02/2021 às 00:05.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:05

Para o cidadão que ainda se ilude acreditando que política não faz parte da sua vida ou, ainda, que não interfere em seu cotidiano, os acontecimentos de segunda-feira, tanto em Montes Claros quanto em Brasília, mostraram que está enganado. Não apenas a política, mas o jogo político rege sim, a vida de qualquer sociedade.

Em Montes Claros, por exemplo, o jogo político foi usado na eleição para a presidência do Samu MacroNorte. A disputa acirrada envolvendo o órgão que existe para cuidar da saúde dos norte-mineiros foi bastante tumultuada, com a presença de polícia e da Justiça. Os prefeitos, que de fato são os responsáveis por administrar a entidade e fazê-la trabalhar para atender, com qualidade, a demanda do cidadão, acabaram virando coadjuvantes.

Esse é um retrato de situações que nos levam a afirmar que a política está inserida no dia a dia da sociedade. Afinal, qualquer um que precise do socorro do Samu só vai receber se o órgão estiver em condições de trabalhar. E isso depende diretamente da sua administração, que está ligada a um prefeito. Ou seja, eis a política interferindo em atividades que são importantes, para não dizer, essenciais.

Enquanto isso, na Câmara dos Deputados e no Senado o jogo político era usado para determinar a escolha dos novos presidentes das duas Casas Legislativas. Enquanto no Senado a escolha do mineiro Rodrigo Pacheco se deu em clima mais tranquilo, na Câmara dos Deputados a tensão permeou todo o processo, já que dois grupos fortes duelaram pelo poder de definir as leis que vão reger a vida de todos. 

São os deputados e senadores que vão definir reformas tributárias, mudanças no Código Penal e Civil e muito mais. São as decisões dessas pessoas, escolhidas, assim como o foram os prefeitos do Samu, que vão dizer quando, como e onde estaremos a curto, médio e longo prazos.

Por isso, excluir a política da vida diária é excluir o direito de determinar o futuro. Votar em beltrano, sicrano ou fulano, sem convicção, é uma atitude desleal não apenas consigo mesmo, com seus sonhos, com suas crenças no futuro, mas, sobretudo, com as gerações que virão. 

Inserir a política na vida de todo dia e de todos nós é deixarmos de ser coadjuvantes, é fazer da política a ferramenta, que de fato ela é, para a construção da sociedade que queremos.​

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