Os índices da inflação que deixaram o custo de vida por todo o Brasil ainda mas alto agravam a situação de famílias que compõem os gráficos do desemprego, da pobreza e da miséria no país.
Sem perspectiva de melhora a curto prazo, a inflação segue não apenas corroendo o poder de compra da população, mas, sobretudo, causando ainda mais fome, miséria.
Sim, a inflação mata, pois deixa inúmeros cidadãos sem condições de colocar alimento na mesa e no estômago. E não são poucas as pessoas que estão dividindo essa árdua realidade. O número de brasileiros que hoje integram os índices de pobreza está perto da casa dos 19 milhões...
A maioria deles tem recebido o auxílio emergencial do governo federal, que apesar de ser uma ajuda, não garante o sustento da família, já que a inflação, em alta constante, tem comido o poder de compra do auxílio que, atualmente, tem praticamente valor simbólico.
Para quem tem fome e não enxerga perspectivas, não apenas da melhora da economia, mas, sobretudo, da queda dos índices de desemprego e da oportunidade de trabalho, a fila dos ossos é a solução momentânea para não morrer de fome.
Cuidar da saúde da economia e fazê-la sair do fundo do poço em que anda metida, mais do que ter números positivos para exibir no exterior e ser vista como nação em desenvolvimento, é garantir que situações como essa não se repitam, que o retrato da fome faça parte de um passado bem remoto e que os índices de pobreza e miséria inexistam.
Mais do que solução para muitos problemas no Brasil, o controle da inflação é uma questão humanitária. Enquanto isso não acontece, que a sociedade continue a corrente de solidariedade instalada no início da pandemia da Covid-19, pois, só assim, os números da pobreza e da miséria deixarão de ser “normalizados” para se tornarem as faces de pais, mães, filhos e irmãos que não têm o que comer.
É dessa sensibilidade que precisamos no dia a dia e também naqueles que controlam as finanças no país. Só estendendo a mão para ajudar e, principalmente, fazendo coro para que o governo implante políticas sociais capazes de garantir cidadania a todo e qualquer brasileiro e uma política econômica mais humanizada, voltaremos a ser uma sociedade de fato.