Em tempos de pandemia, parte do rosto coberto pela máscara, o distanciamento social, fechados dentro de casa, entretanto, a população brasileira não deixou a vaidade de lado. Ainda no cenário da pandemia, a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) registrou um aumento de 21,9% em cosméticos destinados aos cuidados com a pele, comparados aos anos de 2019 e 2020. O mercado da beleza cresce ano a ano.
Por outro lado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que o sedentarismo pode causar uma nova pandemia, afinal já são mais de um ano quatro meses que a vida de todos nós brasileiros mudou. O aumento do sedentarismo elevou as taxas de obesidade da população e, consequentemente, a insatisfação corporal.
Além das consequências do isolamento social, estudos registram um aumento da ansiedade, sensação de pânico, sendo ponto favorável para crescimento da obesidade e os transtornos alimentares. A imagem corporal refere-se à percepção e o sentimento sobre aparência do seu próprio corpo: magrinha ou gordinha?
A percepção da imagem sofre forte influência por fatores externos, como o padrão de beleza que é divulgado pela mídia. O padrão estético imposto pela mídia, no qual a magreza é supervalorizada, sendo associado à beleza, sucesso e visibilidade social, desencadeando quadros de inferioridade e insatisfação corporal naqueles que não se encaixam em tal padrão, tendo estes como principais fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares.
Consequência é o aumento de jovens com transtorno alimentar, desenvolvendo quadros de anorexia e bulimia, além da depressão, insatisfeitos com sua própria imagem, por não se enquadrarem no que a mídia divulga. A população brasileira está passando por processo de adaptação desse novo normal que a pandemia vem nos ensinando, elevação da obesidade, depressão, sensação de pânico, mas não podemos deixar de lado nossa beleza física e espiritual. E como você se vê?
Artigo feito para a disciplina de mestrado “Atenção Primária e Promoção da Saúde”, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
Docente: Angelina Carmo
Discente: Éryka Jovânia Pereira