Equilibrismo

26/03/2021 às 00:00.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:31

A menor quantidade de produtos no carrinho do supermercado mostra que a inflação já é uma realidade, que junto com a pandemia, tem torado o sossego da população. Antes mesmo de o Banco Central anunciar que, ao menos até o momento, o cenário aponta para uma inflação de 5% ao ano, 1,25% acima do que haviam projeto anteriormente, o brasileiro já sentia no bolso a diferença. Alta do gás, do combustível, da banana, do pãozinho e até do café. 

Os principais motivos para promover a revisão, segundo o BC, não foram apenas os preços que explodiram, mas também a depreciação cambial. Tudo isso traz embutido inúmeras consequências, como é o caso da elevação da taxa básica de juros (Selic), que teve aumento de 0,75 ponto percentual. Isso, por sua vez, implica que os juros do cartão de crédito estarão mais caros, bem como os juros do cheque especial e, ainda, outras muitas contas que compõem o cotidiano de pessoas físicas e jurídicas. 

E, por fim, como resultado final da soma de todas essas questões, vem a queda vertiginosa do poder de compra do cidadão que, de queda em queda, está quase desaparecendo.

O orçamento virou uma grande “brincadeira” de equilibrismo e malabarismo constante. Aperto, arrocho, estrangulamento, palavras que passaram a fazer parte do vocabulário de quem está aprendendo, à força, a ajustar necessidades.

Aliado a tudo isso, o fato de inúmeras cidades estarem, em função da pandemia, em lockdown, o que acarreta a desaceleração econômica, promove ainda mais perdas, trazendo um princípio de caos social. 

É certo que o novo auxílio emergencial pode ser um fator que irá minimizar a situação, já que além de ser uma ferramenta social, que irá evitar que um sem número de famílias não passem fome, vai injetar dinheiro no mercado, aquecendo a economia.

Enquanto tempos melhores, mais leves e mais suaves não chegam, nem para a saúde nem para o bolso, urge que os agentes públicos pensem soluções para evitar não apenas o lockdown definitivo da economia, mas, sobretudo, ações que garantam a proteção da vida. Nome disso? Vacina!

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