Desilusão

03/08/2018 às 07:06.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:44

Relatório divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra mudanças curiosas no perfil do eleitorado brasileiro e, especialmente, do mineiro para o pleito deste ano. Além de apontar crescimento no número de votantes – são cerca de 147 milhões no país, 3% a mais do que há quatro anos, e 15,7 milhões em Minas, ante 15,24 milhões em 2014 – o levantamento traz alterações que chamam a atenção quando o assunto é o grupo etário.

Em todo o país, o número de jovens de 16 a 17 anos que conquistou voluntariamente o direito de votar, já que a obrigação começa aos 18 anos, é de 1,4 milhão, menos de 1% do eleitorado e 14% inferior à quantidade dessa mesma faixa populacional registrada em 2014.

Já em Minas, a queda é bem maior: são, hoje, 112,8 mil adolescentes preparados para ir às urnas, ante 259 mil em 2016 (mais que o dobro de agora). Além disso, trata-se do menor contingente de integrantes desse público no Estado a tornar-se apto a eleger políticos desde o início da série histórica do TSE, iniciada em 1989. E os números, que mostram o desalento da juventude com a política, não é diferente em Montes Claros. Na cidade, a queda é de 61,4% – eram 4.631 eleitores de 16 e 17 anos em 1992, neste ano são apenas 1.790. 

Trata-se, portanto, de mais um desafio para candidatos, atuais e futuros: fazer com que a juventude, cada vez mais decepcionada com os rumos do país, retome a gana e a vontade de participar dos processos de escolha de seus representantes. Se isso for feito, quem agradece é a democracia.

Em 2016, Minas tinha 259 mil adolescentes preparados para ir às urnas. Hoje são , 112,8 mil jovens. Os números mostram o desinteresse da nova geração pelo cenário político do país
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