Faltam apenas 12 dias para o eleitor ir às urnas e escolher quem irá comandar a cidade onde mora pelos próximos quatro anos e aqueles que irão legislar em nome dos cidadãos. Tempo mais do que suficiente para cada um fazer sua escolha de forma consciente, pensada, analisando o que pode ser melhor para o município e seus moradores.
E a escolha não é tão simples, nem deve ser feita apenas pela simpatia desse ou daquele candidato. É preciso avaliar a capacidade de cada um deles, o histórico como pessoa pública – se já ocupou algum cargo público – ou como profissional e sua representatividade na comunidade – caso esteja estreando na disputa.
A necessidade de fazer essa avaliação pode ser ressaltada pelo balanço do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostrado nessa edição, que revela o aumento de candidatos com candidatura barrada por serem considerados “fichas sujas”. Em Minas, o número cresceu em relação às últimas eleições municipais, em 2016.
São 20% de candidaturas indeferidas por esse quesito a mais do que em 2016. E o índice de crescimento mineiro ficou acima do nacional, que está em 12%. Até a última sexta-feira, o Estado teve 294 candidatos barrados por serem considerados “fichas sujas”, ante 245 há quatro anos.
Dos que foram indeferidos para eleição, ao menos até a sexta-feira, 42 concorriam ao cargo de prefeito, oito seriam vices e 244 tentavam ingressar nas Câmaras Municipais. O levantamento do TSE mostra que as impugnações incorreram sobre candidaturas em 105 cidades mineiras.
Esse é um dos motivos de se fazer a escolha com muita seriedade. Além disso, é preciso avaliar quem terá condições de melhorar a qualidade de vida dos moradores – com investimentos em educação, saúde, saneamento e infraestrutura. Para não chegar à situação, por exemplo, da comunidade do distrito de Miralta, que alimenta há tempos o asfaltamento do lugarejo. Depois de muitos pedidos, o asfalto chegou, mas não durou nem um mês. A cobertura foi levada pela chuva, frustrando a população e causando perda de dinheiro público.
Portanto, antes de apertar as teclas da urna, avalie com cautela e critério sua escolha. Exerça realmente seu direito e dever de cidadão!