Consciência forçada

09/03/2021 às 00:01.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:21

Nada mais atual do que o ditado que diz: “quem não vai por amor, vai pela dor”. Ante a falta de consciência e, sobretudo, falta de coletividade e solidariedade de parte da sociedade que se recusa a enxergar a necessidade de obedecer às regras sanitárias, principalmente, o isolamento social, foi necessário usar a extrema medida de lockdown, de toque de recolher.

Óbvio, não é uma situação confortável para ninguém. O fechamento das cidades gera danos irreparáveis, ao menos a curto e médio prazos. É duro vermos pessoas à espera de um leito na porta de hospitais ou, o mais doloroso, ver o cidadão morrer por falta de leito de UTI. Mas também, não é nada fácil ver pais e mães de famílias sem ter condições de levar o sustento para os filhos. 

Fechar o comércio para evitar um grande número de pessoas nas ruas é uma solução que ataca o problema da falta de leitos, já que pode impedir que o vírus se alastre, mas, certamente é uma tragédia social, já que amplia o número de pobres ou miseráveis.

Certamente, deveria ter uma solução que equilibrasse todo esse caos que temos vivido. Porque, sem dúvida, é muito difícil ter que decidir entre deixar morrer por falta de assistência ou deixar morrer de fome. Se a população, os inconsequentes que não medem esforços para burlar regras tão imprescindíveis em tempos de pandemia, seguisse as normas, talvez tudo fosse diferente. Se os governantes preocupassem em estruturar, de fato, a rede de saúde, teríamos dias menos angustiantes.

Mas nada foi feito. Ambos ficaram egoisticamente acomodados. Uns vivendo loucamente, sem qualquer tino de solidariedade, e outros aguardando este e aquele agente público tomar as decisões que cabiam a eles para evitar possíveis desgastes.

Assim, caminhamos de encontro aos terríveis dias atuais, onde um e todos estão sendo obrigados a construir uma consciência coletiva que nos leve a vencer um dia de cada vez. É preciso, de uma vez por todas, que todos entendam a gravidade do momento, mas, principalmente, que tomem consciência de que só agindo solidariamente, de forma coletiva, conseguiremos atravessar a ponte que nos levará a dias melhores. Dessa vez, é mais do que necessário, é urgente, que ninguém solte a mão de ninguém para chegarmos à outra margem.
 
 
 
 

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