Vulnerabilidade. Uma palavra que pode indicar a situação de milhões de brasileiros. Ela pode ser social, com cidadãos que vivem abaixo da linha de pobreza, sem as condições mínimas de sobrevivência.
Pode ser também aplicada na segurança, já que muitos de nós estamos, a todo momento, expostos à criminalidade, principalmente nesse período em que a crise financeira agrava ainda mais as condições de vida de muitas pessoas.
Em plena pandemia, ela tem sido muito usada para retratar o cenário do sistema de saúde e a nossa condição diante de um vírus que era desconhecido e que provocou a morte de tanta gente. O mundo todo estava vulnerável à Covid-19.
E estar vulnerável não é bom. Significa que corremos riscos, que estamos expostos a situações que não queremos viver, presenciar ou testemunhar.
A nova aplicação para essa palavra, pelo menos com um significado legal, tem a ver com as informações, dados que cada um de nós tem e que podem cair nas mãos de quem não queremos, de pessoas e empresas que podem fazer o mal uso deles.
Para tentar proteger o cidadão e evitar muita dor de cabeça, prejuízos, ameaças e até violência, já estão valendo as sanções a quem descumprir as regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Vigente desde setembro de 2020, a LGPD insere regras e diretrizes sobre tratamento de dados para todas as organizações do país. O descuido com dados pessoais de funcionários, clientes e outros parceiros pode render multas de até R$ 50 milhões.
Apesar do valor alto da punição, matéria que trazemos nesta edição mostra que a maioria das empresas ainda não estão preparadas para proteger os dados de seus funcionários e clientes. E especialistas alertam: é preciso se atentar para isso porque este será um diferencial. O cidadão irá escolher a empresa que proteger seus dados.
Portanto, vamos nós em mais uma situação em que a vulnerabilidade é mais do que visível, é gritante!