Em uma cidade tipicamente universitária como Montes Claros, o setor de entretenimento sempre é um dos mais fortes. Bares e boates faturam com a sede dos universitários por diversão. Mas, como tudo em uma sociedade basicamente civilizada, é preciso respeitar as regras estipuladas para que justamente o divertimento de uns não atrapalhe o deslocamento ou o descanso de outros.
Mostramos na edição de hoje que vários bares da cidade não estão respeitando o que diz o Código de Posturas e fazem das calçadas a extensão de seus estabelecimentos. Tal atitude deixa para o pedestre a única opção de andar pela ruas, isso quando o asfalto também não está lotado com mesas e cadeiras.
A queixa não é chatice, é questão de respeito. Se para um jovem passar por entre carros e motos não é tão complicado, é diferente para uma mãe com uma criança nos braços ou em um carrinho de bebê ou ainda para um idoso ou deficiente físico.
Cabe também à prefeitura fazer a fiscalização, mas parece que ela não ocorre com frequência, já que um dos proprietários admite nem conhecer a lei. Certamente, ele nunca recebeu a visita de um fiscal. Claro que não é para chegar lá e confiscar as mesas e cadeiras do comerciante e inviabilizar o negócio. Mas é papel do fiscalizador orientar, achar uma alternativa e estabelecer prazo para a adequação.
Os direitos ao lazer e de ir e vir das pessoas podem, sim ,conviver harmoniosamente. Basta ter inteligência e vontade para buscar uma solução boa para todos.