Pessoas com deficiência ainda têm enfrentado enormes barreiras em relação à acessibilidade em Montes Claros. Na praça do bairro Maracanã, a falta de piso tátil tem impedido a independência para a locomoção de deficientes visuais. Além disso, a falta de pintura e a instalação de guias de sinalização comprometem o deslocamento de cadeirantes.
Ontem, em reunião ordinária na Câmara Municipal, parlamentares aprovaram requerimento solicitando a cobrança do poder Executivo municipal da instalação de equipamentos de acessibilidade para garantir uma sociedade mais inclusiva.
Vereadores afirmaram que as poucas obras que acontecem no município normalmente ficam pela metade. E exatamente em frente à praça no bairro Maracanã está instalada a Associação dos Deficientes (Ademoc).
Neste local, que deveria possuir uma acessibilidade exemplar, pessoas com deficiência visual têm reclamado das dificuldades para se chegar à entidade, citando como modelo ideal a praça Coronel Ribeiro. Na gestão passada, o piso tátil também foi colocado em ruas centrais do município, como a Dr. Santos e a Camilo Prates.
A Lei 13.146/2015, que criou o Estatuto da Pessoa com Deficiência, considera em seu artigo 3º, inciso I, que a acessibilidade “é possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida”.
Desta forma, cabe ao poder Executivo municipal envidar esforços para o cumprimento da legislação e para a garantia de uma sociedade mais inclusiva.
Na praça do bairro Maracanã, a falta de piso
tátil dificulta a locomoção de deficientes visuais