A taxa não acabou

23/12/2017 às 00:56.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:25

A Câmara Municipal de Montes Claros avalizou ontem o desejo do prefeito da cidade de criar um novo imposto para financiar a coleta e o tratamento dos resíduos sólidos gerados pela cidade. Ao aprovar o texto, os parlamentares corroboraram com a atitude do Executivo de não cumprir uma promessa de campanha, ou pior, de tentar enganar a população fazendo de conta que o compromisso foi realizado. 

Não. Humberto Souto não extinguiu a Taxa do Lixo, conforme disse que faria. Apenas trocou o nome dela, conforme reconheceram os parlamentares ontem, muitos da própria base do prefeito. Querer falar que a Taxa do Lixo acabou é duvidar da inteligência dos moradores. 

Mesmo assim, 19 vereadores preferiram aprovar o projeto horas após o prefeito dizer em uma entrevista na televisão que a responsabilidade da criação do imposto era da Câmara. 

Ou seja, se a tática da troca do nome não colar (como não está colando, conforme se ouve nas ruas), ele já escolheu em quem jogará a responsabilidade da criação da cobrança. Aí, nobres membros do Legislativo, será tarde demais para explicar à população como vocês não perceberam isso. 

O jeito agora é esperar os boletos chegarem nas casas e comércios da cidade no meio do ano que vem (aquilo que Souto disse em campanha que não iria acontecer em sua gestão) para saber qual outra surpresa que o prefeito da cidade está preparando para os moradores. 

Os valores serão os aprovados pela Câmara? Os dias de coletas serão respeitados? Para quem confunde troca de nome com extinção de imposto, tudo é possível. 

Se a tática da troca do nome não colar, o prefeito já escolheu em quem jogará a responsabilidade da criação da cobrança
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