Quem praguejou contra 2019 já deve estar contando os minutos para que 2020 chegue ao fim – e rezando para que 2021 não reforce aquela história de que “tudo sempre pode piorar”. O ano que ficou marcado pela tragédia da Covid 19 – com quase 180 mil mortos só no Brasil – trouxe também perdas econômicas para boa parte da população, que teve a renda reduzida ou perdeu o emprego devido à crise econômica, a mesma que levou ao fechamento de várias empresas.
E até quem se esforçou para manter o otimismo em meio ao caos vê a esperança, vez por outra, posta à prova diante da inércia ou inaptidão do governo para tratar de questões estratégicas, como um plano de vacinação, ou da falta de sensibilidade com o brasileiro médio, aquele que faz e refaz contas para que o salário pelo menos cubra as despesas.
Fato é que 2020 se aproxima do fim, mas muita água (turva) ainda pode passar por baixo dessa ponte. Mas, para amenizar o cenário, a criatividade e o famoso “jeitinho” brasileiro têm contribuído. A tradicional Expomontes, que não pôde ser realizada neste ano por causa do coronavírus e frustrou produtores, criadores e o público em geral deu lugar a um novo envento, em um novo formato.
Quem disse que leilões, exposições e feira de agricultura familiar não podem ser feitos on-line? E é apostando na plataforma digital que começa hoje em Montes Claros a Agrotech. O evento chega para ajudar o agronegócio, que tinha na Expomontes uma de suas grandes vitrines. Vale comprar produtos via WhatsApp, arrematar raças em leilão virtual e assistir a shows por meio de lives.
Tecnologia que também ajudará o governo de Minas a levar água para mais de 30 mil pessoas que vivem em áreas rurais do semiárido mineiro. A expectativa é a de que o Programa Água Doce chegue às comunidades até o fim de 2021 para aliviar a vida de quem não tem, muitas vezes, água potável sequer para beber.
Se queremos que 2020 termine rápido, que pelo menos 2021 seja o ano da reabilitação.