O prefeito de Montes Claros, Humberto Souto, mostra, pela fala e atos, incapacidade gerencial de lidar com a trajetória de crescimento do coronavírus. Como sempre, arruma culpados. Agora, é a vez de culpar os governos estadual, federal e até a população por descumprir normas. Os inúmeros decretos publicados mostram incapacidade de planejamento e de conter o avanço da doença. Claro que ninguém, em sã consciência, é contra a abertura da atividade econômica. O bom senso apenas alerta que, diante do auge da pandemia, seria racional, prudente, tomar as medidas rigorosas para depois afrouxar as atividades comerciais de maneira gradual.
Na cova do coronavírus
Neste instante em que os casos estão em curva crescente em Montes Claros, causando medo diante do contato físico, fica evidente que o plano de flexibilização (muito bonito no papel) do governo Humberto Souto não vai funcionar sem uma quarentena responsável para coibir a incidência, já que o avanço do contágio é muito maior do que a velocidade das ações. Ações que são limitadas para atender com eficiência os contaminados. A estrutura de saúde pública do município não vai suportar a demanda.
Vidas em risco
Enquanto no Brasil cresce o número de infectados e Minas bate o recorde de mortes e a Covid-19 se espalha na região, a Prefeitura de Montes Claros vai na contramão dos maiores especialistas em saúde pública do mundo, já que os casos suspeitos sobem em curvas bem acentuadas.
Atitudes que salvam
As medidas de isolamento social tomadas por alguns governos responsáveis para conter a pandemia do coronavírus impactam a economia. Mas o custo final do isolamento é menor do que o de permitir atividade econômica e deixar a doença se alastrar. Essa é a conclusão de uma análise que comparou cinco estudos realizados em diferentes países.
Benefícios econômicos
A política de isolamento social pode aprofundar, no curto prazo, a recessão econômica causado pela pandemia, mas há evidências de que os benefícios econômicos a médio e longo prazos mais do que compensam os custos.