Plano Maia

29/01/2021 às 00:01.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:02

As dissidências de deputados na corrida pela presidência da Câmara fragilizam o plano de Rodrigo Maia (DEM-RJ) de construção de uma frente suprapartidária para a disputa à Presidência da República em 2022. O deputado não conseguiu unanimidade nem do próprio partido em torno da candidatura de seu apadrinhado, Baleia Rossi (MDB-SP). Deputados democratas, com o aval do presidente nacional da sigla, ACM Neto (BA), formam maioria em apoio ao candidato chancelado pelo Palácio do Planalto, Arthur Lira (PP-AL).

Ninho 
Aliado histórico do DEM, o PSDB também mantém-se distante de Maia e dividido no jogo da sucessão da Câmara: a orientação do partido é pelo voto em Baleia Rossi, mas muitos deputados “avulsos” estão com Arthur Lira. 
 
Momento 
A intenção de Maia de construir uma coalizão para 2022 é rechaçada pela oposição, que hoje apoia Baleia Rossi, mas trata a aliança com o bloco encabeçado pelo presidente da Câmara como “momentânea”. 
 
Padrinho
Além de enterrar a coalizão de Maia, a possível derrocada de Baleia Rossi também frustrará os planos do ex-presidente Michel Temer, que aposta na vitória do apadrinhado para voltar a dar as cartas no Congresso. 
 
Jogada 
A eventual candidatura do apresentador Luciano Huck em 2022 parece mais uma jogada de políticos e empresários que têm interesse ou querem vê-lo presidente. Ele mesmo não quer. 
 
PFL 
Vale lembrar a candidatura de Sílvio Santos, em 1989. O apresentador liderava as pesquisas para ser eleito presidente do Brasil, mas foi rifado pelo então PFL, que fechou com Fernando Collor. O resto é história. 
 
Leite 
As buscas por gastos do governo federal derrubaram o Portal da Transparência. Não suportou o volume de acessos após a repercussão sobre o aumento de gastos com alimentos – como leite condensado – em 2020. 
 
Dados 
Em ofício encaminhado ao ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) questiona se a queda no sistema do portal teve razões objetivas e se as bases de dados foram afetadas. 
 
Pamonha 
A polêmica do leite condensado lembra outro episódio que derrubou um ministro na Esplanada. Orlando Silva (PCdoB) caiu do comando do Esporte, em 2011, no governo Dilma, após usar o cartão de crédito corporativo para a compra de uma tapioca no valor de R$ 8,30. O leite condensado do governo Bolsonaro custou aos cofres públicos mais de R$ 15 mi. 
 
BB
A reunião do Sindicato dos Bancários com a Associação Municipalista de Pernambuco e 22 prefeitos teve um clima bastante tumultuado. A indignação é grande com a direção do Banco do Brasil que pretende fechar 22 agências nos municípios. Representantes da categoria e o secretário do Trabalho e Emprego estavam presentes. Do BB, ninguém.
 
Domiciliar
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu prisão domiciliar ao jornalista Oswaldo Eustáquio, investigado no inquérito que apura a suposta prática de atos antidemocráticos. Conforme a decisão, o jornalista está proibido de acessar redes sociais em nome próprio ou de sua assessoria de imprensa e de entrar em contato com diversos bolsonaristas.
 
Coletivo 
Os impactos do isolamento social no transporte coletivo urbano de todo o país trouxeram, além da redução do número de passageiros, um prejuízo de R$ 9,5 bilhões acumulados pelas empresas de ônibus no período de 16 de março a 31 de dezembro de 2020. Os dados são da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos. 

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