O custo ‘cotão’

25/04/2018 às 01:02.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:30

Nos últimos três anos, mais de R$ 700 milhões em recursos dos contribuintes foram desembolsados para a chamada Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, também conhecida como “cotão”. Conforme levantamento da entidade Operação Política Supervisionada, ao qual a coluna teve acesso, o valor médio de um dia de verba indenizatória equivale a 253 salários-base de professores. A OPS foi fundada pelo Gestor de TI Lúcio “Big” Batista e atua há 5 anos fiscalizando gastos com o “cotão”. 

Autopromoções 
Os maiores gastos estão concentrados na rubrica que permite ao deputado divulgar o mandato – como produzir podcasts, vídeos, material gráfico, outdoors e até livros. 
 
Narcisos
Desde 2015, foram quase R$ 170 milhões “investidos” com autopromoções. 
 
Não Decolou 
Caciques da velha guarda do DEM avaliam, internamente, que o partido deve redefinir – o quanto antes – a estratégia para as eleições presidenciais, já que a pré-candidatura do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não decolou. Maia insistirá. 
 
O de sempre
Maia planejara alcançar entre 7% e 8% das intenções de voto até maio. Estacionou na faixa do 1% e com dificuldades de construir palanques e alianças estaduais. Diante desse cenário, ala da cúpula do DEM aponta que o melhor caminho é embarcar como vice de Geraldo Alckmin (PSDB-SP). As conversas estão avançadas com o tucano. 
 
Desemprego 
Ao criticar a queda da MP 808/2017, que regulamentaria pontos da reforma trabalhista, o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho, Guilherme Feliciano, diz que trabalhadores agora temem procurar a Justiça por variados motivos – “entre eles o temor de sair com dívidas e, por outro lado, o medo do desemprego”. 

Caducou 
A MP perdeu a validade na última segunda-feira após 120 dias de vigência. Para o presidente da Anamatra, com a queda da matéria, “agrava-se ainda mais o cenário de insegurança jurídica”. 
 
Barraco à beira-mar
O TRF da 4ª Região deve julgar em maio um recurso empresarial contra decisão da Justiça Federal de Paranaguá (PR) favorável a herdeiros da Colônia de Pescadores Maciel. A colônia está em litígio contra a Porto Pontal e a Balneária Pontal, herdeiras por doação tida como irregular, em 1949, pelo então prefeito e sócio de uma delas. 
 
Chinês no cais
A Antaq concedeu autorização para a construção de um porto privado na área em disputa e que atraiu a atenção de chineses, que já compraram terminais em Paranaguá e São Francisco do Sul e esperam este novo porto para adquirir a concessão da União. 
 
Naufrágio anunciado
Além dos chineses que desejam a área para seu novo porto, há litígio sobre as áreas vendidas para duas empresas estrangeiras – Techint e SubSea, com contratos para plataformas e equipamentos da Petrobras. A Techint, ítalo-argentina, foi arrastada no Petrolão.
 
Canteiro aberto
A MRV lançou o Portas Abertas, de visitas monitoradas aos canteiros da construtora. Ano passado 450 alunos participaram. 

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