General de Moro vira lobista

22/06/2021 às 00:12.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:13

Após contratar como presidente o general Guilherme Teophilo, estrela do ministério de Sergio Moro como secretário Nacional de Segurança Pública, o Instituto Combustível Legal pressiona parlamentares para atacar grandes devedores no setor, incluindo nos Estados. Acontece que a maior devedora, mesmo fora do setor, é justamente a ‘menina do olhos’ do governo Bolsonaro: a estatal Petrobras. Em São Paulo, a petroleira lidera, com débitos de R$ 3,6 bilhões; e no Rio ela é campeã, com incríveis R$ 9,4 bilhões.

Bomba (no consumidor)
O instituto, apesar do nome bonito, nada mais é do que a vitrine de lobby das grandes distribuidoras de combustíveis (BR Distribuidora, Ipiranga e Shell) contra os postos “bandeira branca” – e , pelo visto, contra a sua patrocinadora Petrobras.
 
Mercado aberto
O movimento, por coincidência, acontece justamente quando o governo Bolsonaro deu sinal verde para a Agência Nacional de Petróleo abrir o mercado para os donos dos postos.
 
Fim do oligopólio
Mesmo com contrato com grandes distribuidoras, os postos poderão fornecer combustíveis de outras bandeiras mais baratas, em mudança que deve ser implementada até o fim deste ano. Isso acaba com o oligopólio no setor.
 
Tropa no TSE
Comitiva de deputados e assessores visitaria ontem a Secretaria de Tecnologia do Tribunal Superior Eleitoral para conhecer de perto o trabalho da Corte nas urnas eletrônicas. A Comissão do Voto Auditável na Câmara (da PEC 135/19, que pede Cédulas Físicas para Plebiscito) aprovou requerimento do deputado Filipe Barros (PSL-PR).
 
Portas (e urnas) abertas
Cada deputado poderá levar até três especialistas em criptografia e segurança de dados eletrônicos. Além dos consultores técnicos parlamentares. A vista acontece num momento em que o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, se esforça para provar que não há qualquer brecha para fraude nas urnas, como comprovado em numerosos testes nos últimos 20 anos.
 
Festival de queimação
Há uma guerra de dossiês em Brasília contra alguns nomes cotados para a vaga do ministro Marco Aurélio no STF. Vale até pesquisa de fotos antigas achadas no Google.
 
Rocha$
O setor de mineração que envolve rochas ornamentais – boa parte com mercado de exportação – ganhou um apoio oficial de peso que vai ajudar a prospectar mais mercado. O Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas) fechou Convênio de Cooperação Técnica e Financeira com a APEX-Brasil.
 
Rocha$ 2
O setor tem importantes relações com Europa e Ásia e movimentou a agenda de ministros. Participaram da cerimônia o chanceler Carlos Alberto França (MRE), e Bento Albuquerque (Minas e Energia), além de empresários, do presidente da Apex-Brasil, Augusto Pestana, e do presidente do Centrorochas, Frederico Robison.
 
Refúgios
Uma sondagem da Ipsos no Brasil aponta que 78% dos entrevistados concordam que, para fugir de guerras e perseguições, pessoas podem buscar refúgio em outros países. Por outro lado, 16% discordam e 6% não souberam responder. Empatado com a Holanda (78%), o Brasil é o terceiro país que mais apoia a recepção de refugiados, atrás apenas da Argentina e da Itália (ambas com 79%).
 
Povo sofre
Quatro ministros do presidente Bolsonaro estiveram semana passada nas cidades de Petrolina, Jaboatão, Olinda, Caruaru, Igarassu, inaugurando ou autorizando obras no valor de R$ 180 milhões. O governador Paulo Câmara (PSB) ou seus secretários não prestigiaram os eventos. Nessa briga política, o soco no estômago sobra para o povo, sempre.
 

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