Aposentadoria$

12/05/2018 às 00:35.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:48

A Câmara Federal desembolsa, mensalmente, mais de R$ 6 milhões para bancar a aposentadoria de 495 deputados que exerceram mandato na casa, inclusive de deputados que foram cassados. Do total, 434 recebem os vencimentos pelo extinto Instituto de Previdência dos Congressistas e 51 pelo Plano de Seguridade Social dos Congressistas. Entre os deputados cassados que constam na folha de pagamento estão os “mensaleiros” Roberto Jefferson (PTB-SP), Pedro Correa (PP-PE) e José Dirceu (PT-SP).

Em causa própria
Aos indignados: para cassar a aposentadoria de parlamentar que sofre perda de mandato seria necessário alterar a legislação que trata do assunto – criada pelos próprios. 
 
Mais um
Na Câmara, não há nenhuma proposta nesse sentido. Se vier a ser cassado, o deputado Paulo Maluf (PP-SP), por exemplo, terá garantida sua aposentadoria. 
 
Água no chope
Memorando da Advocacia Geral da União aponta que o direito de exploração da área de extração de água na fábrica de Alagoinhas (BA) não pertence à holandesa Heineken, que comprou a Brasil Kirin – e que já foi Schincariol. O caso se arrasta na Justiça há 20 anos e o proprietário da terra, que se diz usurpado com manobras políticas e judiciais, cobra por Justiça. Ele prefere não aparecer.
 
Alô, ANM
A AGU aguarda posicionamento da Agência Nacional de Mineração (antigo Departamento Nacional de Produção Mineral, que recebeu há 22 anos pedido do empresário para estudos de extração). O Superior Tribunal de Justiça vai decidir e a Heineken corre sério risco de perder o direito de extração da água e paralisar a fábrica.
 
Vista grossa
O diretor executivo mundial da Heineken, Jean-François van Boxmeer, também foi questionado pela coluna sobre o caso. Não respondeu a um e-mail com 15 perguntas – em especial sobre a responsabilidade de saber do processo judicial. Em suma, a holandesa sabia do caso e dá de ombros. No Brasil, a assessoria se resume a informar que o processo está legalizado.
 
Memória do foro
Tema do momento, o fim do foro privilegiado já foi rejeitado pela Câmara Federal. Em 2009, a PEC 130/07, de autoria do ex-deputado Marcelo Itagiba (RJ), foi a votação duas vezes e retirada de pauta. Na terceira, recebeu 260 votos favoráveis – precisava de 308.
 
Balela ensaiada
A votação foi conduzida pelo então presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). A oposição (liderada pelo PSDB e DEM) comandou a rejeição sob o argumento de que a medida visava protelar o julgamento dos acusados de envolvimento no Mensalão.
 
Ciro, não
Deputados e senadores do DEM rechaçam apoio ou aliança com o presidenciável Ciro Gomes (PDT), ex-ministro de Lula. Distantes do aliado histórico PSDB, avaliam que se a candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) não vingar, a alternativa mais “plausível” é um eventual apoio a Álvaro Dias (Podemos).
 
Balão de Ensaio
O ex-presidente do STF Joaquim Barbosa foi o terceiro “balão de ensaio” que esvaziou no meio da corrida presidencial. Antes dele, Luciano Huck e João Doria despontaram como “fortes” candidatos ao Planalto, mas, assim como Barbosa, saíram do páreo.

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