Carta para Célia Colares (em 2010)

Carmen Neto - Cronista
14/06/2017 às 00:20.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:04

Tenho tido reencontros maravilhosos no outono da vida.

Um deles foi com Célia Machado Colares.

Lembro-me de Célia no internato do Colégio Imaculada Conceição, época que sua família morava em Francisco Sá.

Desde que me aposentei e dona do meu tempo, sempre que posso, retorno a Montes Claros na companhia de Mary Pimenta e, sendo esta amicíssima de Célia, nos reaproximamos.

Também o computador nos permite trocar e-mails, enviar fotos, unir caminhos, fortalecendo nossa amizade.

Sábia tecnologia!

Tínhamos combinado passar o dia 30 de Junho com você, pois neste dia a recebemos em nossa confraria, celebrando a alegria de fazer aniversário.

Não contamos nossos anos pelo tempo, mas pela felicidade de tê-los vivido.

Contudo, compromissos inadiáveis nos impediram de estar com você no dia 19 de Junho.

Assim receba este texto como minha presença.

“Quem nasce sob o signo de Câncer sempre guarda alguma coisa do passado.

Pedaços de amor.

Fragmentos de vida, retalhos de recordações em caixas.

Albuns, pastas, cadernos e gavetas, como se a memória precisasse deles para se fixar”.

Tenho certeza que você fez arquivos das melhores lembranças e exorcizou os momentos mais difíceis da vida.

Lembro-me de Célia, bem mocinha namorando Diu Colares – exemplo de cidadão, caráter exemplar, pessoa solidária e bondosa - alegre, elegante, tipo de beleza exótica, chamava atenção onde estivesse, transpirando vida por todos os poros.

Muito cedo, Diu se foi e a deixou frágil, dividida, com o coração sofrido.

Mas como fênix, renasceu das cinzas e se fortaleceu, criando uma família bonita.

Encaminhou os filhos, resgatou exemplos de seus ancestrais.

Levantou a cabeça e foi à luta.

Sem perder a alegria, sugou o néctar da vida, deu amor e o recebeu em dobro dos filhos, netos e também dos amigos.

Diu continua a morar em seu coração iluminando sua caminhada.

Sua força como mulher e mãe a levou a transformar sonhos em realidade.

Querida Célia, neste seu aniversário se deixe envolver de alegria.

Ternura.

Felicidade.

Esperança.

Gratidão pelas bênçãos recebidas.

Como diz Leonardo Boff, em sua sabedoria:

“Nascemos inteiros, mas nunca estamos prontos”.

Continue a abrir caminhos.

Rasgar novos horizontes e principalmente ser feliz!

Vida longa.

Muita saúde e paz!

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