Certa vez disse o mago ao seu discípulo interessado em melhorar resultados nos relacionamentos pessoais e na produtividade profissional:
_ “Você tem que ser mais leve que o ar!”, disse o mago voltando as costas ao discípulo e seguindo o seu caminho a passos lentos, certo de ter oferecido a pérola de sabedoria que o iniciado precisava ouvir.
_ “Impossível, mestre, neste planeta onde impera a lei da gravidade!”, respondeu atônito o obediente e incrédulo discípulo, tentando em vão entender a surpreendente mensagem recebida.
O peso a que se referia o mestre é mais profundo, menos visível, mais oculto e muito, mas muito mais prejudicial à nossa vida...
Trata-se da “mala pesada” de sentimentos mal trabalhados, do “velho baú” de questões mal resolvidas, da “mochila” cheia de mágoas, do fardo enorme de ressentimentos do passado que suportamos sobre nossas costas...
A vida, os resultados, as metas, as conquistas nascem de sonhos que costumamos cultivar em nossa mente e espírito. Sonhar não custa nada. Portanto devemos sonhar alto. Para isto precisamos estar livres, leves e soltos e _ o mais importante _ solitários e autênticos...
Só uma mente saudável e determinada permite que ousemos um voo “solo”, uma aventura solitária, uma descoberta individual, uma conquista autônoma...
Sem esta coragem, sem arriscar-se ao desconhecido, sem soltar as amarras que nos prendem ao passado, sem colocarmos nossas certezas em xeque, sem nos livrarmos dos “volumes mortos” que insistimos em segurar, é quase impossível nos conhecermos verdadeiramente e, portanto, ter a dimensão exata do que viemos fazer por aqui...
É preciso aprender que tudo o que fazemos, pensamos e sentimos contra quem quer que seja volta de alguma forma para nós mesmos, minando nossos tecidos, nossa paciência, nossa vontade, nossa esperança, nossa graça, nossa alegria...
Para evitar esta gangorra suicida, para quebrar este círculo vicioso, existe no perdão genuíno e absoluto uma arma poderosa que limpa tudo, que nos livra imediatamente de qualquer sobrepeso, que nos liberta de qualquer ranço, que nos devolve a leveza que necessitamos para alçar os voos mais altos de nossa existência...
O remédio é praticar o perdão sem moderação e restrições e se livrar de vez de todas as “tralhas” emocionais que nos limita e asfixia...
Perdoe a tudo e a todos, mas principalmente a si mesmo e logo, logo você perceberá como o seu mundo interno o agradecerá e transformará sua até então inglória luta em um fecundo e produtivo caminho, repleto de realizações e conquistas, em um ritmo e velocidade inimagináveis e que cada dia lhe reservará uma grata surpresa, um doce favo de mel como recompensa a todos os seus esforços.