Empreendedorismo

Marco Antonio C. de Freitas - Delmi Carvalho
10/05/2019 às 07:21.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:35

Muito se fala em empreendedorismo nos dias de hoje. Desde o programa Brasil Empreendedor do início dos anos 2000 e os trabalhos desenvolvidos pelo Sebrae, o tema ganhou importância no noticiário, nas publicações de negócios e economia e nas faculdades.

Na visão do economista austríaco Schumpeter, considerado o mais importante teórico da área e expressa em seu livro: A teoria do desenvolvimento econômico, empreendedorismo só existe quando há inovação, ou seja, quando negócios são criados para oferecer às pessoas produtos e serviços inovadores. Já na visão de outros pensadores do tema, empreendedorismo é a criação de novos negócios sejam ou não inovadores. Não importando a visão, o empreendedorismo é o principal responsável pela geração de novos negócios, criando emprego, renda e conseqüentes pagamentos de tributos que se reverterão em mais benefícios para a população. Ele é o motor dinâmico das economias para Schumpeter e outros pensadores da área. Ele as rejuvenesce e tira países do marasmo e estagnação econômica, destruindo o velho através da chamada “destruição criativa”, trazendo negócios provedores de novas idéias, tecnologias, produtos e serviços. Há também o empreendedorismo social, aquele que irá gerar benefícios sociais que poderão ser de várias facetas e áreas de atuação.

Porém empreendedorismo depende de um agente: o empreendedor, aquele que correrá os riscos inerentes ao negócio e que buscará investidores para prover o capital necessário. Hoje, a disciplina empreendedorismo está presente nas faculdades em vários cursos. É disciplina importantíssima ao mostrar aos dicentes que existe outra opção na vida além de serem funcionários de organizações com ou sem fins lucrativos, podendo ser donos do próprio destino.

Nesse ponto uma pergunta aparece: por que o empreendedorismo não é ensinado também no ensino médio? Não seria mais produtivo despertar nos alunos a vocação empreendedora e assim buscar nas faculdades o conhecimento e as ferramentas para exercerem essa vocação?Existem instituições educacionais que já trabalham com viés de formação gerencial, mas não seria melhor se o tema fosse ensinado em todas como uma disciplina? Ou que instituições de ensino médio desenvolvessem de forma continuada estudos, seminários e feiras trazendo empreendedores para travar contato com jovens, mostrando que é possível ter sucesso com trabalho e dedicação?

Talvez essa idéia seja uma utopia em um país onde os alunos em nível fundamental e médio sequer recebem educação financeira, porém importantíssima para se criar pessoas capazes de gerar renda para si e para outras através de seu negócio. Pessoas realmente independentes, donas de seu destino, agentes de desenvolvimento econômico e social em um país onde a população não seja tão dependente de ações governamentais para o seu crescimento como indivíduos plenos. Mas talvez destruíssem assim os currais eleitorais que se perpetuam mudando apenas de forma.

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