Resposta nas urnas

27/01/2018 às 01:55.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:59

O desenho das eleições deste ano caminha para reedição de ponto semelhante à de 2014. Naquele ano, os prefeitos só esperaram a realização das convenções para iniciar a debandada. Principalmente no interior do Estado, é fato que as dificuldades que vêm passando as prefeituras permitirão a união da maioria dos 853 prefeitos de Minas em torno de um projeto novo. Vale salientar que as entidades que representam as prefeituras deverão falar a mesma linguagem.

Compasso de espera
A grave turbulência por que passa o Estado dará o tom do processo eleitoral em Minas. Em princípio, há um pensamento de que o eleitor vai buscar o novo na disputa pela principal cadeira do Palácio Tiradentes. Qualquer que seja a escolha, será um novo apenas em tese, pois todos são nomes experimentados na vida política. Pré-candidatos que estão anunciando candidaturas ao Governo e que nunca enfrentaram as urnas dificilmente terão tempo para vender “seus produtos”. Aliás, não tem trabalho social, comunitário ou político prestado à comunidade e são conhecidos apenas por setores do mundo empresarial. Com a diminuição do tempo de campanha, estes não terão tempo para venderem seus argumentos nos 853 municípios do Estado.
 
Embarcação peemedebista
Apesar de a maioria dos integrantes do Diretório Estadual do MDB apoiar a reedição da coligação que elegeu o governador Fernando Pimentel (PT), grupo liderado pelo presidente da agremiação e vice-governador, Antônio Andrade, poderá abrir leque para mudança de rumo, a exemplo do lançamento de candidatura própria. O fato novo desta semana foi a apresentação de pedido de expulsão do secretário-geral da sigla e secretário de Saúde de Minas, Sávio Souza Cruz, que defende a reedição da coligação. Dificilmente o pedido será acatado pela maioria.
 
Efeito cascata
A insistência, pelo menos no discurso, das lideranças do PT de manter a candidatura do ex-presidente Lula (PT), mesmo após a condenação na segunda instância, poderá provocar prejuízos irreversíveis para os candidatos do partido na disputa majoritária nos Estados. Na esfera nacional o PP e o PR, que pertencem ao centrão e fariam parte da embarcação, já pularam fora. O enfraquecimento natural provocado pela decisão da Justiça começa a surtir efeito em Minas e não será nenhuma novidade se o próprio MDB aderir à tese do salve-se quem puder.
 
Aroldo Tourinho
A coluna saiu na frente quando divulgou a situação crítica que atravessa o Hospital Aroldo Tourinho em Montes Claros e, principalmente, os servidores que estão sem receber o salário e até agora também não receberam o 13º. Até mesmo quem foi demitido não conseguiu receber o acerto. A manifestação de servidores, ocorrida na manhã desta sexta-feira, foi apenas o início de um filme que pode ter um fim dramático se providências urgentes não forem tomadas. Aliás, hoje a população está convencida de que as denúncias e discussões em torno da saúde do município, ocorridas há cerca de três anos, tinham fundamento e se não fossem tratadas de forma política e pessoal não estaríamos vivendo a crise com tal proporção.

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