D’elas e o setor de eventos na cidade

27/05/2021 às 00:06.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:01

O setor de eventos vive a pior crise de sua história em todo o Brasil. E, em Montes Claros, em razão da pandemia, estão suspensas atividades como shows, festa agropecuária, congressos, formaturas, entre outros. Para falar sobre esse assunto, o programa D’elas, apresentado pela médica e reitora da Funorte Raquel Muniz, vai conversar com os empresários no setor de eventos Leonardo Borges Andrade e Luís Fernando Aguiar Nobre e com o músico Luciano Pacco.

Há 33 anos realizando eventos em Montes Claros, através da LV Promoções, 11 à frente da Star Promoções e 18 no comando da Cia Promoções, Leonardo diz que, embora o prejuízo seja incalculável, o jeito é seguir as normas e decretos estipulados pelos órgãos públicos.

“Nosso setor foi duramente sacrificado em relação aos demais. Há uma desigualdade nas atitudes dos governantes quando se fala em aglomeração. Os aviões, supermercados, transporte público, reuniões familiares e bancos estão todos lotados. Tudo está acontecendo e o setor de eventos é que aparece como vilão”, avalia.

Para ele, os próximos desafios são planejar, pensando em retornar após o ano novo. 

“Mas tudo ainda é muito inseguro. Não depende nada de nós, apenas dos órgãos públicos. Temos que superar essa crise financeira ,levando em conta que se tem uma empresa que não vai faturar nada no período de 22 meses. Nenhum matemático consegue fazer essa conta”, diz.
 
MÚSICA
O músico Luciano Pacco é outro entrevistado. Natural de Fruta de Leite, Norte de Minas, residiu em Montes Claros de 2011 a 2016 e está em São Paulo há 4 anos. Devido à pandemia, está passando uma temporada em Montes Claros. 

Neste ano, o músico celebra 10 anos de carreira solo. Ele conta que desde o início da pandemia entrou no clima, fez algumas lives, e aproveitou para estudar produção musical e montar um home studio.

“A pandemia me ensinou que não devemos ter pressa, tudo tem seu tempo, nada acontece se não for no tempo de Deus”, acredita.

Luciano tem dois CDs e um DVD e faz a produção musical do Programa Nacional da Eliane Camargo. Ganhou, em 2015, o Troféu Imprensa, como melhor cantor do Norte de Minas. Tem uma banda, que faz casamentos, formaturas e festas em geral.

“Estou terminando um DVD chamado Churrasco para os Amigos, e um EP com músicas regionais, e pretendo investir no meu home studio”, conta.

“Quando veio a pandemia, e estava começando a ficar em ascensão em São Paulo, tinha fechado um contrato com o Sesc São Paulo. Tinha feito muitas parcerias. Fiquei muito mal, porque vi aquilo ficando para trás. Mas Deus sempre nos dá força para recomeçar”, diz.
 
FORMATURAS
O montes-clarense Luís Fernando Aguiar Nobre é formado em Direito, atua na área de eventos há 8 anos e diz que o prejuízo é incalculável.

“Não foi queda de receita, não foi diminuição do faturamento das empresas, como aconteceu no Brasil todo, em outros setores como comércio e indústria. No setor de eventos, simplesmente, o faturamento foi zero. Estamos há um ano e três meses sem trabalhar, sem vender, sem executar eventos. O setor está todo parado, uma cadeia gigantesca. Quando a gente pensa em evento, não pode pensar apenas nas grandes empresas isoladas. O meu setor especifico é o de formaturas. Para eu executar uma formatura, preciso do decorador. O decorador tem os floristas, os carregadores, a indústria de flores. Tem a equipe de segurança, garçons, profissionais liberais, informais, que vivem dessa profissão. Os prejuízos são irrecuperáveis”, conta.

Para saber mais sobre o assunto e em que caminhos o setor aposta para sair do prejuízo, assista ao D’Elas, nesta sexta-feira (28), às 17h30, através do @deputaraquelmuniz e pelo YouTube Funorte Oficial.

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