O contrário de caro é barato. Não é barata, mas também não é caro. Nem tudo é repulsivo nesse nome, mas lê-lo já evoca uma forte rejeição às entranhas amareladas do inseto.
Barata significa sujeira energética, mas a imagem que vem dessa palavra é a dos insetos ortópteros, onívoros de hábitos noturnos, que vivem em esgotos e são atraídos por alimento. Costumam se proliferar rápido, porque um ovo pode conter até 48 filhotes.
São ágeis e velozes e deixam seu possível assassino de chinelo na mão e cara de bobo. Entram em qualquer fresta para nunca mais. Quando voltam, já são novas dúzias.
O odor vindo do esmagamento do seu corpo é tão ativo, que é comum ouvir-se: “está com gosto de barata”, num misto de olfato e paladar somados ao mesmo asco.
O nojo vem dos seus hábitos asquerosos. Alguns afirmam ser mito, mas outras fontes supõem que 10% das baratas sobreviveriam a uma guerra nuclear com radiação de 10 mil rad.
O Baratinha 29 – Ford Modelo A – é um automóvel de carroceria para dois lugares e sem teto fixo. Algumas vezes chamado apenas de Baratinha, foi o primeiro modelo acessível à classe média, ao ser criado o conceito de linha de montagem.
Outras marcas com carroceria arredondada, tipo besouro, eram também chamadas Baratinha, em especial os Fuscas usados pela PM de São Paulo.
Franz Kafka, escritor austro-húngaro, criou “A Metamorfose”, na qual o protagonista Gregor acorda transformado numa barata e não pode mais trabalhar.
Escrito em 1912, apresenta reflexões filosóficas e sociais, numa narrativa cheia de acontecimentos fantásticos, sendo uma novela que influenciou escritores de todo o mundo.
A cantiga diz assim: “Quem quer casar com a Senhora Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha”?
A Barata se casa, mas, durante a festa de casamento, seu noivo Dom Ratão cai dentro da panela de feijão. Um final impressionante para criancinhas.
Uma mãe está ensinando sua filha no dever de casa. Então, lê: “Baratinha diz que tem sete saias de filó, é mentira da Barata, ela tem é uma só”. E pergunta para a menina, “quantas saias tem a Baratinha”? E ela: “uma!”.
Nervosa, a mãe fala gritando: “mas eu acabei de ler que a baratinha diz que tem setes saias de filó”! E a filha retruca: “mas é mentira da Barata, mãe!”