Lá fora a pandemia da Covid-19 dá sinais de que a vida ainda não pode voltar ao normal. Aqui no Brasil, apesar da pandemia ter diminuído sua violência, a economia em caos não deixa a vida retomar o seu curso normal.
O brasileiro tem sido obrigado a exercitar sua paciência ao lidar com alta quase semanal do combustível e dos alimentos, aumento mensal do gás, contas absurdas de água e esgoto e da energia elétrica, com um sistema neste último caso que implanta sucessivas bandeiras que, vermelhas feito sangue, ferem de morte o já combalido orçamento do brasileiro.
A equação salário versus despesas está quase impossível de ser resolvida. Sem qualquer perspectiva de melhoras, mês a mês o brasileiro se vê obrigado a ir somando altas e subtraindo poder de compra.
Agora mesmo no mês de outubro, as notícias não são nada animadoras. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através de pesquisas, apurou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou na casa de 1,25%, maior alta para um mês de outubro desde 2002.
Puxada pela gasolina, a inflação já atinge 10,6% nos últimos 12 meses, impactando diretamente na qualidade de vida do cidadão, que anda em um beco sem saída.
Aliado a tudo isso, a desaceleração econômica, que promoveu perdas irreparáveis, principalmente nos índices de emprego, trouxe consigo ainda mais caos social. É certo que os auxílios do governo federal, que mudam de novo a cada vez que têm seus valores diminuídos, têm sido fator a minimizar a situação, já que além de ser uma ferramenta social, que evitará que famílias passem fome, vai injetar dinheiro no mercado, aquecendo a economia, mas jamais poderão ser chamados de solução.
Apesar das constantes pedras no caminho, a vida segue tentando voltar o mais rápido possível ao seu curso, porque brasileiro, de fato, não desiste nunca! Está sempre à espreita de dias melhores, mais leves e mais suaves, à espera do milagre que vai colocar ordem no caos econômico e social e trazer alívio para o orçamento. Enquanto esse tempo não se apresenta, segue-se em frente, ainda que “aos trancos e barrancos”, vamos rompendo...