Ao longo dos anos, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que tem a função de promover e coordenar o desenvolvimento do Nordeste, principalmente no tocante a ações que visam levar soluções que combatam a seca nesta região ou, ainda, permita que se conviva com suas consequências, foi ampliando sua jurisdição para outras unidades da federação, como é o caso de Minas Gerais.
Tal fato ocorreu devido ao aumento da estiagem nos estados contíguos ao Nordeste, enquadrados no polígono da seca e, portanto, com forte similaridade ao clima e solo do semiárido brasileiro.
Esta semana, mais um passo. O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que amplia ainda mais a atuação da Codevasf, que vai chegar agora, com ações e benefícios, em bacias hidrográficas de rios de 15 estados e do Distrito Federal. Em Minas Gerais todos os municípios dos Vales do Jequitinhonha, Araguari e Alto Pardo, um total de quase 80 cidades, poderão contar com o suporte da instituição no combate à seca e, principalmente, no combate a seus efeitos.
Essa ação, muito além do que se pensa, não se restringe à abertura de poços artesianos ou a chegada dos famosos caminhões-pipa e nem das cisternas feitas para guardar a pouca água da chuva que cai no sertão. Ela abrange desde estas ações à geração de renda, por exemplo.
Nos municípios em que atua, a Codevasf tem sido a parceira fiel que luta ao lado de agricultores levando poços artesianos sim, mas também ajudando na revitalização de nascentes, no peixamento de rios, no suporte para os apicultores e, ainda, levando esperança para as famílias através da montagem de minifábricas que garantem a geração de emprego e renda, principalmente para as mulheres, muitas delas “viúvas da seca”.
Por isso, Minas Gerais e, principalmente, o Gerais, que carece de todo apoio necessário para prover a sua gente de dignidade, celebra essa ampliação, na certeza da importância da mão que se estende aos sertanejos e sertanejas.